Análise sobre o fim do diploma para o exercício da profissão de jornalista, pela melhor jornalista do País
Fim do diploma: triste, mas não vencida
Por Ayne Regina Gonçalves Salviano (fonte: www.mundodosjornalistas.blogspot.com)
Como todos os jornalistas formados, fiquei muito triste com a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão (por motivos óbvios, e outros nem tanto). Foram necessários alguns dias para reflexão, muita leitura e conversa até os ânimos ficarem refeitos. Agora posso dizer que meu abatimento inicial se transformou em força. Triste sim, mas vencida, nunca.
Agora sinto-me preparada para começar a me posicionar sobre o assunto sem ter escrever "com o estômago", mas com o cérebro. Neste primeiro post, gostaria de dizer que o STF errou - com exceção do ministro Marco Aurélio de Melo - porque desconhece a profissão (como deve desconhecer outros assuntos importantes que também julgam!).
O relator Gilmar Mendes fez apenas vencer sua ira contra a Veja, fez matéria contra ele elaborada a partir de escutas telefônicas que chegaram até a redação no caso Daniel Dantas, mais um escândalo do atual governo petista. Gilmar Mendes valeu-se do ditado "a vingança é um prato que se come frio". Sim, foi só isso o que ele fez e aqueles que votaram com ele também o fizeram porque temem os veículos de comunicação, afinal já foram flagrados batendo papo no MSN, falando mal de colegas ao lado, enquanto julgamentos importantes estavam acontecendo, entre outras barbaridades, basta só folhear a própria Veja dos últimos anos.
O que o STF fez foi valer-se de raciocíonio lógico, mas completamente equivocado, utilizado uma vez por um aluno meu, da 3a. série do Ensino Médio de uma escola particular de Jales.Instigado a opinar sobre o problema da reforma agrária no país em uma das aulas de redação, o garoto, herdeiro de fazendas e fazendas no Mato Grosso, disse que havia uma solução para os problemas com o MST, era só matar todos os sem-terra.
Os ministros do STF devem ter pensado igual: para acabar com as denúncias contra eles, bastava acabar com os jornalistas. Meu aluno do colegial estava errado. Os ministros que votaram a favor da extinção do diploma também. Se antes, com a obrigação do diploma, a sociedade tinha problemas devido a jornalistas sem ética (como muitos políticos, médicos, advogados, etc. e tal), agora sim é que as pessoas conhecerão as barbaridades que podem ser cometidas por quem desconhece os princípios básicos da Comunicação (que é ciência, sim!) e do jornalismo.
Quanto a nós, jornalistas formados, cabe a todos, provar que a formação acadêmica é o diferencial que as empresas midiáticas precisam para garantir a qualidade da informação. Acredito nisso!
Por Ayne Regina Gonçalves Salviano (fonte: www.mundodosjornalistas.blogspot.com)
Como todos os jornalistas formados, fiquei muito triste com a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão (por motivos óbvios, e outros nem tanto). Foram necessários alguns dias para reflexão, muita leitura e conversa até os ânimos ficarem refeitos. Agora posso dizer que meu abatimento inicial se transformou em força. Triste sim, mas vencida, nunca.
Agora sinto-me preparada para começar a me posicionar sobre o assunto sem ter escrever "com o estômago", mas com o cérebro. Neste primeiro post, gostaria de dizer que o STF errou - com exceção do ministro Marco Aurélio de Melo - porque desconhece a profissão (como deve desconhecer outros assuntos importantes que também julgam!).
O relator Gilmar Mendes fez apenas vencer sua ira contra a Veja, fez matéria contra ele elaborada a partir de escutas telefônicas que chegaram até a redação no caso Daniel Dantas, mais um escândalo do atual governo petista. Gilmar Mendes valeu-se do ditado "a vingança é um prato que se come frio". Sim, foi só isso o que ele fez e aqueles que votaram com ele também o fizeram porque temem os veículos de comunicação, afinal já foram flagrados batendo papo no MSN, falando mal de colegas ao lado, enquanto julgamentos importantes estavam acontecendo, entre outras barbaridades, basta só folhear a própria Veja dos últimos anos.
O que o STF fez foi valer-se de raciocíonio lógico, mas completamente equivocado, utilizado uma vez por um aluno meu, da 3a. série do Ensino Médio de uma escola particular de Jales.Instigado a opinar sobre o problema da reforma agrária no país em uma das aulas de redação, o garoto, herdeiro de fazendas e fazendas no Mato Grosso, disse que havia uma solução para os problemas com o MST, era só matar todos os sem-terra.
Os ministros do STF devem ter pensado igual: para acabar com as denúncias contra eles, bastava acabar com os jornalistas. Meu aluno do colegial estava errado. Os ministros que votaram a favor da extinção do diploma também. Se antes, com a obrigação do diploma, a sociedade tinha problemas devido a jornalistas sem ética (como muitos políticos, médicos, advogados, etc. e tal), agora sim é que as pessoas conhecerão as barbaridades que podem ser cometidas por quem desconhece os princípios básicos da Comunicação (que é ciência, sim!) e do jornalismo.
Quanto a nós, jornalistas formados, cabe a todos, provar que a formação acadêmica é o diferencial que as empresas midiáticas precisam para garantir a qualidade da informação. Acredito nisso!
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