Quem não está afeito a termos jurídicos tem dificuldades em entender o que um juiz, um delegado, um promotor ou um advogado está tentando dizer. As explicações de crimes, do que aconteceu em uma audiência no Fórum, e até do que está escrito em uma petição que vai para as mãos do juiz são difíceis de ser compreendidas até por jornalistas, que possuem o dever de transformar esta informação em notícia para o público em geral.
Desse modo, no dia 20 de novembro, ocorreu na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho – Enamat, o 6º Curso de Formação Inicial de juízes do Trabalho, onde, em uma mesa-redonda capitaneada pelo Ministro Guilherme Caputo Bastos, do TST – Tribunal Superior do Trabalho, foi dito que em contato com jornalistas, o magistrado deve usar expressões corriqueiras, que as pessoas comuns possam entender com facilidade.
Até porque, segundo o Ministro, "Quando o magistrado fala, não é ele quem está se manifestando, mas o Estado. É preciso então ser muito claro, senão o que foi dito pode se voltar contra a instituição."
Além deste palestrante, outras duas pessoas participaram do evento, sendo estes os jornalistas Renato Parente, secretário de Comunicação Social do STF – Supremo Tribunal Federal, e Madeleine Lacsko, coordenadora da Rádio Justiça, que também destacaram a importância de se utilizar linguagem clara na comunicação dos fatos relacionados com a atividade judiciária.
De acordo com o site Migalhas Jurídicas, os jornalistas, a começar por Madeleine, experiente em rádio, fizeram explicar “que, quando os juízes não traduzem os termos técnicos para o grande público, o profissional de imprensa poderá simplesmente não fazê-lo também, apenas repetir o que foi dito – e, portanto, a informação não será compreendida pelo destinatário. Outra hipótese é o próprio jornalista se encarregar de "traduzir" o "juridiquês", e fazê-lo de forma errada. "O poder está sempre nas mãos do tradutor da informação", disse ela, que sugeriu: "Pense que o senhor está explicando o assunto para seu avô ou para sua secretária, da forma que lhe convém."
Já o jornalista Renato Parente “recomendou aos novos juízes que busquem sempre o apoio da assessoria de comunicação social de seus Tribunais para lidar com a imprensa”. Ele, que foi assessor de imprensa do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, “à época do escândalo do Fórum Trabalhista de São Paulo, afirmou que há estudos mostrando que a imagem do Tribunal, como órgão julgador, não saiu tão arranhada à época, porque a instituição trabalhou para separá-la da imagem do juiz Nicolau dos Santos Neto, condenado por corrupção. "Argumentamos junto aos órgãos de comunicação que há ex-governador, ex-prefeito, ex-tudo. Por que não ex-juiz?", dissemos. "Eles acabaram acatando a argumentação, e isso fez diferença", contou, lembrando que, quando as irregularidades ocorreram, Nicolau já estava aposentado e atuava na comissão de obras, mas não mais julgava”.
Logo, é um alento para a população, bem como para os jornalistas, saberem que quem está sendo uma fonte de informações jurídicas deverá trazer notícias e informações fáceis de serem “digeridas” pelo leitor ou ouvinte.
É claro que uma personalidade do mundo jurídico (advogado, juiz, promotor, delegado) – de primeira viagem – não saberá lidar com este fato de início, cabendo, também ao jornalista, o questionamento da tradução do que está sendo dito, ou seja, o jornalista não pode ter medo de perguntar o que significa uma determinada expressão, pois sua fonte terá todo o interesse em explicar, a fim de não haver mal entendidos, que podem até atingi-los.
Desse modo, no dia 20 de novembro, ocorreu na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho – Enamat, o 6º Curso de Formação Inicial de juízes do Trabalho, onde, em uma mesa-redonda capitaneada pelo Ministro Guilherme Caputo Bastos, do TST – Tribunal Superior do Trabalho, foi dito que em contato com jornalistas, o magistrado deve usar expressões corriqueiras, que as pessoas comuns possam entender com facilidade.
Até porque, segundo o Ministro, "Quando o magistrado fala, não é ele quem está se manifestando, mas o Estado. É preciso então ser muito claro, senão o que foi dito pode se voltar contra a instituição."
Além deste palestrante, outras duas pessoas participaram do evento, sendo estes os jornalistas Renato Parente, secretário de Comunicação Social do STF – Supremo Tribunal Federal, e Madeleine Lacsko, coordenadora da Rádio Justiça, que também destacaram a importância de se utilizar linguagem clara na comunicação dos fatos relacionados com a atividade judiciária.
De acordo com o site Migalhas Jurídicas, os jornalistas, a começar por Madeleine, experiente em rádio, fizeram explicar “que, quando os juízes não traduzem os termos técnicos para o grande público, o profissional de imprensa poderá simplesmente não fazê-lo também, apenas repetir o que foi dito – e, portanto, a informação não será compreendida pelo destinatário. Outra hipótese é o próprio jornalista se encarregar de "traduzir" o "juridiquês", e fazê-lo de forma errada. "O poder está sempre nas mãos do tradutor da informação", disse ela, que sugeriu: "Pense que o senhor está explicando o assunto para seu avô ou para sua secretária, da forma que lhe convém."
Já o jornalista Renato Parente “recomendou aos novos juízes que busquem sempre o apoio da assessoria de comunicação social de seus Tribunais para lidar com a imprensa”. Ele, que foi assessor de imprensa do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, “à época do escândalo do Fórum Trabalhista de São Paulo, afirmou que há estudos mostrando que a imagem do Tribunal, como órgão julgador, não saiu tão arranhada à época, porque a instituição trabalhou para separá-la da imagem do juiz Nicolau dos Santos Neto, condenado por corrupção. "Argumentamos junto aos órgãos de comunicação que há ex-governador, ex-prefeito, ex-tudo. Por que não ex-juiz?", dissemos. "Eles acabaram acatando a argumentação, e isso fez diferença", contou, lembrando que, quando as irregularidades ocorreram, Nicolau já estava aposentado e atuava na comissão de obras, mas não mais julgava”.
Logo, é um alento para a população, bem como para os jornalistas, saberem que quem está sendo uma fonte de informações jurídicas deverá trazer notícias e informações fáceis de serem “digeridas” pelo leitor ou ouvinte.
É claro que uma personalidade do mundo jurídico (advogado, juiz, promotor, delegado) – de primeira viagem – não saberá lidar com este fato de início, cabendo, também ao jornalista, o questionamento da tradução do que está sendo dito, ou seja, o jornalista não pode ter medo de perguntar o que significa uma determinada expressão, pois sua fonte terá todo o interesse em explicar, a fim de não haver mal entendidos, que podem até atingi-los.
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