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Dignidade no INSS

Quem contribui para os cofres do INSS deve saber que está pagando um seguro, mas não é qualquer seguro, é um seguro de cunho social.
Assim, quando fica doente, o segurado não vai ao INSS pedir um favor, mas vai requerer um direito seu.
Ninguém vai lá passear. Ninguém está lá para passar vergonha de ficar esperando ser atendido, a fim de resolver um problema de saúde.
Se for um direito nosso, temos que ser atendidos com dignidade, e isso significa que devemos ser aceitos como um cliente, como um consumidor, e o produto prestado pela Previdência deve atender a nossos anseios.
O resultado não deve ser satisfatório, mas perfeito. Para tanto, todos os funcionários do INSS, incluindo aí o Médico-Perito, deverá tratar muito bem o segurado, fazendo com ele todos os exames necessários para verificar se o trabalhador está ou não incapacitado para o labor.
Existem casos absurdos que ouvimos em sala-de-aula, como segurados que viajam dezenas de quilômetros para ser atendidos, e, quando chegam lá no INSS, recebem “um tapinha” nas costas, e ouve a frase de que está dispensado, sem que tenha sido feito nenhum exame. Daí, vem o resultado da perícia dizendo que ele está "apto para trabalhar".
Assim, a luta que todos os segurados deve fazer é por um atendimento mais digno pelos funcionários do INSS. E esta dignidade significa, inclusive, dar valor a atestados médicos de médicos particulares, que informam estar seu paciente doente, necessitando de afastamento para tratamento médico.
Ora, se um médico não confia no outro, é um problema deles, que não pode ser transferido ao segurado. O que não pode é o segurado ficar sem saber em quem confiar. Chega a ser caso de polícia, devendo ser feita uma acareação entre os médicos, para saber quem está faltando com a verdade. É a nossa opinião.

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