Mais uma novidade em "inglês" para o mundo corporativo, com reflexos na seara trabalhista: CAREWASHING
O carewashing ocorre quando empresas simulam, levam o público interno e externo a erro, usando discursos e campanhas de bem-estar aos seus empregados, mas sem implementar melhorias reais. É uma estratégia de CEOs que mercantilizam a linguagem do “cuidado” para fins reputacionais (e, claro, comercial), mas sem mudanças estruturais nas condições de trabalho.
Essa desconexão entre discurso e prática ganha relevância no contexto do ESG, especialmente no pilar social, que abrange saúde, segurança, diversidade e direitos fundamentais dos trabalhadores. Quando a empresa promete cuidado, mas mantém condições precárias, sem nada além de salário-base normativo e um plano de saúde forçado por uma cláusula sindical - tais fatos podem gerar ações trabalhistas - e até indenizações por dano moral individual ou coletivo.
Exemplos: sabe aqueles programas internos que não se concretizam? Uns relatórios ESG inconsistentes? e campanhas que não refletem a realidade? Por conta disso, o carewashing não é só problema reputacional: é um risco jurídico que pode aumentar o passivo trabalhista de um estabelecimento. Com efeito, empresas devem adotar políticas efetivas, mensuráveis e auditáveis para evitar responsabilização e fortalecer a confiança interna e externa.
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